terça-feira, 19 de março de 2013

Bate Estradas, meu Pai Herói

Há alguns anos iniciei a «brincadeira» dos blogues...
Comecei por um Runner, cheguei ao Mister... meu «vómito» diário do que me ia na alma, num momento em que a alma precisava de extravasar diariamente... ajudando na minha forma de ver/viver a minha Vida...
Voltei ao desporto, para outra grande mudança, começando por marcar o meu ritmo (Pace)... daí ao triatlo como objectivo, o blogue passou a Iron!

Hoje mudo outra vez o título do meu blogue «desportivo»... fruto da minha incessante busca de quebrar rotinas mas, fundamentalmente, de uma sentida homenagem!

Hoje é dia do Pai... Dia do meu Pai!

No dia em que consegui terminar a minha segunda maratona, em Sevilla, o meu Pai sofreu uma trombose profunda na perna direita... seguiu-se uma embolia pulmonar... e depois ainda, uma infecção pulmonar... Esteve internado cerca de duas semanas, sem causa determinada para tais problemas...
A tudo isto, o meu Pai resistiu como sempre... sem um lamento, sem um queixume, como se tudo fizesse parte normal da sua Vida!
Ele é um resistente e dos bons! Abençoado por Deus!

Quando estava na tropa, para além de passar por muitas vicissitudes, ganhou a alcunha de «Bate Estradas»*... 
Segundo me contam repetidamente nos «almoços da tropa», porque quando passava por zonas minadas, nada lhe acontecia, ao contrário do infortúnio que estava destinado a alguns dos seus camaradas!
Sempre que vamos aos ditos almoços, os colegas perguntam-lhe: «ainda guardas as botas?»
Dizem que as botas tinham poderes especiais, como os super-heróis...
Não duvido, o meu Pai é um Herói, o meu Herói!
Ele, limita-se a dizer que tinha apenas sorte!
Eu é que tenho a sorte de te ter como Pai! E, já agora, de ter uma Mãe igualmente fantástica!
Merecem o melhor que a Vida tem ainda para dar!

Hoje é dia do meu Pai e da minha Mãe! Mas para mim, todos os dias são assim!

* Bate Estradas, era a designação usada pelos nossos soldados no Ultramar para designar um aerograma e que era uma carta que se enviava por correio aéreo, sem necessidade de sobrescrito.
Ganhou fama durante a Guerra Colonial, como meio de comunicação preferencial entre as famílias na Metrópole e as tropas destacadas em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, em virtude de ser um meio grátis de correspondência, mantido pelo antigo SPM (Serviço Postal Militar).