sábado, 28 de dezembro de 2013

São Silvestre de Lisboa'13

Back to race!
A vontade perdida em pouco tempo, recuperada numa semana de demonstração de força por parte da Pat.
Estive em dúvida até ao dia da prova, se a iria efectuar ou não.
Revi os dados de anos anteriores, sabendo que esta é uma prova madastra para mim, seja pela época, ou pelo que vai na minha cabeça nesta altura... nunca consegui baixar sequer dos 50'!
Sem treinos de corrida desde a Volta a Paranhos, dificilmente faria muito melhor... para ajudar, voltei ao voltaren esta semana, com uma dor lombar que me arrelia há uns dias...
Com os Amigos LL e BRG, prontos para darem o seu melhor,

tomo o meu lugar nos sub-50... vejo caras conhecidas (Fernando Andrade, José Pedro Rua) aos quais vou desejando boa prova e bom ano!
Partida, à chuva, com paralelo na estrada, toda a atenção é pouca, até agradeço ter-me esquecido da música... objectivo, ser aquilo que está escrito no dorsal: sub-50!
Começo rápido demais para aquilo que posso agora, reduzo e equilibro nos 4'50/5...Apanho o balão do dito pace, passo por ele e não fico...
Começo a sentir uma pontada no regresso de Alcântara (por volta dos 5K), ritmo?
Voltaren?
Alimentação?
Falta de hidratação?
Apetece-me parar...
Chego à Praça do Comércio, onde sempre passo mal nesta prova, vá-se lá saber porquê...
Vou pensando no que se passou este ano, o meu Pai, a Pat, 3+, 2T... começa a subida para o Marquês, pouco apoio popular, apesar de muita gente na rua, ou então não os consigo ouvir...
A dor agudiza-se... rins? Fígado? Só sei que dói como um punhal a trespassar a carne...
Falta pouco, na descida tudo será melhor... passa-me o pacer... sub-50? Bolas!
Vai doer, mas vou voltar a passá-lo!
E como dói! Que coisa!
Tanta prova já feita e nunca a ter uma dor destas... e o burro devo ser eu, por fazer isto, sem treinos!
Tenho de baixar porque não consigo manter-me nos 4'30...
O punhal mantém-se... falta pouco!
Prova superada?!?
O tempo foi sub-50, mas a que custo? Acho que o rim direito (ou o fígado?) se queixou demais para o meu gosto...

Fim de prova, fim de ano desportivo! Sem grande sabor, num ano que desejo, termine rapidamente!
Amanhã?
Vamos treinar e ver se doem os rins!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Para onde corres?

Perdido... nas últimas semanas, foi um pouco como me senti...
Apesar de ter um objectivo na cabeça que é concluir uma ultra e a prova até estar definida... não tenho materializado isso na prática, leia-se treinos...
Uma gripe iniciada em Novembro... arrastou-se, com recaída em Dezembro e a isso aliou-se uma falta de vontade estúpida... o tempo também não ajuda, mas não serve de desculpa (este ano a treinar para Sevilha, apanhei grandes chuvadas e adorei cada uma!)...
Deixei de treinar com os RB's, deixei de cumprir planos de treino, deixei de ir à natação, faltei a provas, deixei de correr...
Enfim, falta de motivação para tudo... burn out, overtraining?
Não me parece... até porque nunca coloquei demasiado volume... e talvez estivesse na melhor forma de sempre...

Os objectivos estão bem definidos, o caminho para lá chegar é que talvez não seja aquele que percorro neste momento...
2013, foi um ano de alegrias desportivas, mas muito duro em termos pessoais... e creio que estava a precisar de um off-season, para carregar baterias...

Esta semana recebi uma grande dádiva por parte da Pat... andávamos para fazer algo, há n tempo... e a Pat, que não tem sido bafejada pela sorte em termos de trabalho com a consequente desmotivação, colocou mãos à obra e avançou decidida para a «empreitada»... até eu, que gosto de a «puxar para cima», desacreditei... mas ela conseguiu! E levou-me atrás! Foi das maiores alegrias que tive este ano!
Foi um fantástico exemplo! Deu mais uma vez prova que, quando quer, consegue!
Acho que era o que precisava para «voltar à tona»...

Não estou no ponto...  
Mas espero regressar mais forte!

domingo, 8 de dezembro de 2013

56.ª Volta a Paranhos


Num fim de semana fantástico no Porto, que aproveitámos para visitar o meu afilhado Santiago, os seus papás (Cátia e André) e aquele a quem chamo Mano (Agostinho), tinha de manter a ferrugem afastada do corpo e, apesar dos poucos treinos (apenas tenho treinado corrida à 4.ª feira) e do nariz se manter tapado, voltar a participar numa prova. Desta vez, solidária. A Missão Sorriso elegeu duas provas de estrada para oferecer cabazes de Natal à Cruz Vermelha, em número igual aos que concluírem a Volta a Paranhos e o GP Natal de Lisboa.

6 graus, à partida (dada pela Campeoníssina Rosa Mota) desta prova que há muito pretendia fazer, por ser a mais antiga do Porto e estar associada a um clube histórico da Invicta, o Salgueiros (tive muita pena de ver onde jaz o antigo Vidal Pinheiro... património do Porto, devia merecer outro carinho!)!
Segundo me diziam, a prova não era fácil, tendo um percurso bastante acentuado em termos de subidas e descidas...

E lá fomos!
Partida ligeiramente confusa, com mais de 3.000 atletas e todos a quererem ganhar a melhor posição... na minha primeira prova enquanto Veterano, tive a companhia de tantos de escalão igual ou superior e extremamente competitivos, pelo que observei!
O público do Norte é fantástico!
Paranhos é um bairro típico e o facto de ver muita gente nas ruas a puxar por nós, é um incentivo adicional!
Apesar das (muitas) subidas, fui recuperando nas descidas e aos 5K, achei que estava em condições de repetir o sub-45 da corrida do ISCTE... 7, 8... os kms a passar e as contas parecem dar... apesar das complicações respiratórias, mas o 9.º K é fatal, sempre a subir...

baixo claramente o ritmo e acabo por terminar em 45'53.

Primeira prova do novo Vet, abaixo do minuto 46 - muito satisfeito!
No final ainda tive oportunidade de matar saudades da família Batista, do Grande Campeão Vasco e da excelente fotógrafa que é a Lina, mais o seu filhote!

Um fim de semana brilhante,

 culminado com almoço em família, perto do Senhor da Pedra, junto à praia, no local onde comecei a correr diariamente, graças ao meu Mano Agostinho -  que saudades, meu bom Amigo!









quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

África...

Mãe África, parafraseando Carlos Pinto-Coelho, tem como toda a gente sabe, atletas de endurance de eleição...
Alimentação, altitude, genes de uma tribo...
Tudo serve para explicar o desempenho africano nas provas de atletismo...
A explicação pode ser bem mais simples do que isso... 

Dois vídeos sobre os dois homens mais rápidos da história da maratona, podem ajudar a explicar...

Geoffrey Mutai, 

Wilson Kipsang,

Também os portugueses já foram assim...

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

40, de Mister a Master




A idade é apenas um número... Faço hoje 40 e este ano, em termos físicos, sinto-me melhor que nunca!
Não sei quanto vai/vou durar, pelas maleitas que se acumularam ao longo destes anos, mas hoje celebro o facto do Mister ter chegado a Master!


Reproduzo o texto de um dos meus ídolos desportivos, Chris “Macca” McCormack.

Age is just a number
 
«In any sport at the professional level, as you begin to move up in years, the discussion shifts from your results to the question of longevity. Now, in my 21st year as a professional racer, it is a hot topic. I never considered age as a barrier to performance. You start off as a junior athlete and then move into your rookie professional years, then you continue on your journey through your “golden years” before suddenly arriving at a point where outside questions move from “how did you do?” in the race to “how long is it possible to keep doing it?” For the athlete, nothing really changes. You don’t view time in calendar years, you view it in terms of “training blocks” and race dates, and very quickly you go from an 18-year-old athlete to a 40-year-old one.„
On this journey, you have made the tweaks, adjusted the training volumes, managed your injuries, pre-planned and focused, and continued to do what you know. Time in your head stops, as it has never been relevant to anything you have done up to this point. It is only when others start to make an issue of it that it enters your thought process.
After I won the 2010 Ironman World Championship, in the press conference after the race, the question came up: As a 38-year-old athlete, was it possible to continue to win here? With sweat still on my skin, the question was thrust into my face again, and my answer was, “I guess we will have to wait and see.”
The following year Craig Alexander proved that this was possible, winning another title in Kona at 38, and last year at 39 I won the Long Course World Triathlon Championships in Europe, making me the oldest ever world champion in our sport at a professional level. Greg Bennett has seen amazing success in recent years, and Cameron Brown at 40 years of age posted an eight-hour Ironman performance in Melbourne. Early this year, at age 42, Oscar Galindez took out the highly stacked Ironman 70.3 field in Panama to win again, just like he has been doing for 25 years. Same names, different races, new years. From my seat, nothing seems to have changed.
Endurance racing is not limited by age. In fact, age in endurance racing is a benefit. I believe that the sport has it wrong when it attempts to limit performance of athletes to a year of birth. I believe that you are not physically and emotionally stable enough to lock in success at the highest level in Ironman races until your mid-30s. What no one ever considers in this style of racing is the importance of experience, purpose and stability of an athlete, which all come only with maturity. You can’t read about this or be taught it. It just is! Our sport is young, and I believe that the next few years are going to show some amazing performances by athletes approaching their mid-40s. You haven’t seen anything yet.
But I didn’t mean to discuss age as a barrier to performance on a professional level here. I want to ask why age is even considered a barrier in the first place.
My dad has supported me in my triathlon adventures for my entire life, and still rides his bike every day with his mates. Never did I even consider my father capable of doing a triathlon. I guess to some degree I am as age-biased as everyone else. I put the question to my dad: Why, after all these years, had he never considered doing a triathlon? Was he scared of the swim, the bike or the run?
My dad’s response was what inspired me to write this article in the first place.
“Son, if you think you’re old, you are old,” he said. “If you start thinking you can’t do something, you simply won’t do it anymore. No one falls to the top of a mountain. When you are at the top of the mountain, it’s the people down at the bottom who tell you that you have been there for too long and it is time to come down. When you listen to them, someone else will take your spot on the top of that mountain. That’s not just in winning your races, but in life in general. Remember you have a lot of experts in the science of ‘can’t’ because not many believe in the science of ‘CAN.’ The top of the mountain is the best view in town. Never give that up, son!
“I don’t know why I have never done a triathlon. But what I propose is if you can find me a race that will allow your dad to race, I will give it a try. If your old man can begin this sport at 80, you can tell those people who question you at 40 that the view at the top of the mountain is not for sale!”
True to his word, my dad completed his first triathlon with my local triathlon club here in Sydney on March 31.
He swam 300 metres, rode 15K and ran 3K. My eldest daughter, Tahlia, completed the entire race with him. I don’t get super emotional much, but I was so touched and impressed that day, I could not hold the tears back. Of course, Dad won his age group, and he continues to tell me that now: “I have never been beaten, Son!”
As a professional racer, I will continue to race and compete at the highest level for many more years to come. I will remind the next person who asks me about my age of this story. My dad is an 80-year-old man and has never been beaten in a triathlon by anyone his age in his life. I have pretty good genes.
This sport is built on the back of amazing people who continue to define and change the perceptions of what was once considered impossible. Like my dad, I will be racing until I am 80 years old. No doubt, he will continue to set amazing standards for me to chase.»

Chris “Macca” McCormack tem mais de 200 vitórias e é considerado por muitos: 
«One of the best athletes the sport has ever seen!»
 
Este texto foi originalmente publicado no site Triathlete Europe

E mais dois vídeos, com o mesmo protagonista e sobre o mesmo tema:
40 is not over the hill

You are never too old to race triathlon, sobre o seu pai ter feito o primeiro triatlo com 81 anos!?!