Vários Amigos a iniciarem-se na mais difícil prova de estrada (Pedro Azevedo, Rui Lourenço...) e um teste para mim, que passei a semana sem treinar (se exceptuarmos uns curtos 6,7K ontem), com trabalho e dores (bico de papagaio e o rim?) de sobra.
Tinha combinado com o Pedrito, fazer c. 30K. O Jorge Bicho juntou-se à ideia
Fui com a mochila das ultras, uma vez que não queria utilizar qualquer reabastecimento da prova... Veríamos o que o peso extra das duas garrafas de 0,5L iriam influir no rendimento.
Sepáramo-nos do Pedro Azevedo, minutos antes do início da prova e assistimos à partida dos craques...
Depois, foram minutos de incontáveis gargalhadas à conta do Jorge, «perdemos» o arranque do Pedro e em busca dele, as piadas sucediam-se...
A ideia era acompanhar o ritmo do Pedro (c. 6'/K) e quando o reencontrámos junto à marina, não mais o largámos até aos 30K.
A ideia era acompanhar o ritmo do Pedro (c. 6'/K) e quando o reencontrámos junto à marina, não mais o largámos até aos 30K.
Pelo meio, algumas acontecimentos avulsos ao longo desse percurso:
1) paragem técnica de todos, cerca dos 5K. Aí perdemos o Pedrito... e só o reencontrámos ao K14, já em Paço de Arcos;
2) parei o Tomtom por engano nessa paragem técnica e ao fim dos seguintes 2K, tinha bloqueado... damn! Lembrei-me, um pouco mais tarde, de ligar o endomondo do tlm para guardar o percurso. Já ia a fazer contas à vida de mandar o relógio para a fábrica, quando o TT «acordou» e percebi posteriormente que tinha todo o percurso gravado. O novo software creio que foi a causa desta situação.
3) tive a felicidade de ver os meus pais na passagem da praia de Caxias! Uma das maiores alegrias que tive desde que corro!
4) Achámos piada às inúmeras bandeiras das nações presentes na prova, agitadas por miúdos no paredão da Cruz Quebrada
4) A partir do K20, o Pedro começou a caminhar sempre que apanhava um reabastecimento líquido e eu comecei a replicar o exemplo. Esperava por ele, enquanto o Jorge e o Pedrito se adiantavam...
5) Encontrámos um verdadeiro exemplo de run-walk-run do Jeff Gallowa: um atleta estrangeiro que tinha o relógio programado para ir dando avisos e a táctica era eficiente porque se começou a distanciar...
6) Jorge começou a fraquejar em Algés e decidiu terminar o seu treino em Belém;
7) Eu comecei a sofrer antes de Alcântara, a dor no rim voltou mais insistente, mas eu queria «entregar» os 30K ao Pedro. Nunca o larguei até aos 29... altura em que cedi... tive de andar, dei força, ele estava bem e conseguiu! Terminou a maratona em c. 4:30!
8) Arrastei-me até ao K30. Parei no reabastecimento. Reencontrei o Pedrito, fresco que nem uma alface e com mais 2K em cima, pelas vezes que voltou para trás para nos reencontrar. Está pronto! Fico feliz por vê-lo motivado, a treinar e pronto para voltar a enfrentar uma maratona!
Quanto a mim, já vinha a fazer contas... não se pode brincar com a maratona! É preciso respeitá-la!
A falta de treinos paga-se! Decidi que vou ao Porto, apenas para apoiar.
Quero fazer uma maratona em condições e não estou capaz de o fazer agora...
Esta semana decido o que fazer! Barcelona, Madrid, Rotterdam...
E médico, tenho de ir ao médico!
No final, o Pedrito trouxe-me até Caxias e reencontrámos o Jorge, no ponto de partida.
A Amizade é mesmo o melhor que levamos das corridas!
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