domingo, 27 de novembro de 2011

31.ª Maratón de Valencia - Crónica de uma corrida anunciada

A estreia!
6:00  - Acordei menos ansioso do que imaginaria. O dia anterior, com a viagem e o passeio por Valencia com a Pat teria servido para acalmar? Logo saberíamos...

7:00 - Felizmente vim prevenido de Portugal para o pequeno almoço com Whey e cubos de marmelada. No hotel oficial da prova, não havia banana e tudo o resto não me ajudaria em nada à combustão nos 42K. Fiquei-me pelo chá preto. Uma confusão tremenda, pois todos os atletas desceram ao mesmo tempo, complicando em muito a logística da pequena sala de refeições.
Um atleta espanhol que se empaturra até à garganta com bolos, pergunta-me: «não comes nada?» Diz-me que vai ser muito duro e que me devia alimentar. Respondo que já o tinha feito no quarto, mas continuo a achar que devia meter algo mais... o pequeno almoço fica para a Pat :)

8:00 - Vamos ao encontro do Paulo Amorim, que propositadamente fez a viagem de carro no sábado, com a esposa, para me acompanhar na estreia. O reencontro não demora... o jantar na noite anterior, com mais uma pasta party (já não conseguia ver massa à frente) e os profiteroles gigantes, foi regado com boa disposição... agora é interiorizar... confesso que vou ouvindo pouco, apenas abraço a Pat mais fortemente, vai sofrer pela espera de 4 horas e eu espero que sejam mesmo só 4...

8:30 - Aproximamo-nos pela belíssima Ciudad de las Artes y las Ciencias, da partida instalada em dois viadutos e que vão dar uma visão muito original do arranque de uma prova.

8:50 - Fazemos as despedidas da família, posamos para a foto da praxe
by Pat
e mergulhamos no meio da multidão que está prestes a colaborar no meu baptismo dos 42K...
by Pat
Ligo o Ipod e a sequência de músicas especialmente definida para esta prova, arranca com a banda sonora do Rocky: «Gonna Fly Now»...
Aguardamos mais um pouco, como «sardinha em lata», deixo o Paulo ouvir os «Contentores» dos Xutos e tento ainda vislumbrar a Pat naquele mar de gente... não a encontro, mas sei que está comigo. Toco no peito, no símbolo idealizado por ela, que eterniza o nosso amor e sei que a toco naquele momento... Ela que ainda teve a ousadia de sair à rua com a camisola que pedi ao Paulo para desenhar com o mesmo símbolo. A promessa era no final juntarmo-nos com duas t's iguais, só que a minha teria inscrito as palavras: «Yes I Ran 42,195K». Vamos ver se não estou a preparar uma festa antes de tempo...

Nos poucos minutos que faltam, revejo mentalmente muitas das situações por que passei:
o constante apoio da Pat, as diversas lesões, os 4@fundo, um treino encharcado até aos ossos na pista do Jamor, os longões com o Pedrito, a última prova na Nazaré, os muitos treinos com os elementos do Clube de Corrida e os sábios conselhos do Mestre Antônio Nascimento, as dicas do José Urbano, da Meire, do Gonçalo Álvaro e todos os Amigos que me acompanharam em todo este trajecto... um a um, vou lembrando a participação de todos... relembro em especial, o JB com que me iniciei nesta coisa das corridas e que tantas vezes abrandava/parava quando eu me queixava com dores na coluna...  há poucos anos atrás...
Os episódios, ao contrário das músicas, aparecem avulsos na minha mente... emociono-me... um misto de alegria e arrepio percorre o corpo...
Estou preparado!
Relembro finalmente o que o Rui Dinis me tinha escrito na antevéspera:
«Força Paulo!
A maratona está feita. Os treinos estão cumpridos.
Agora falta percorrer a distância para ir receber a medalha. São 42,195K de pura diversão.»

09:00 - Partida!
Começa a festa! Fogo de artifício!
Muita gente na rua a saudar-nos e a puxar por todos... a emoção aumenta, ao ouvir isto:
All of the lights, Kanye West 

Todas as luzes apontam para nós! É hora de disfrutar de tudo isto... seja qual for o resultado!

... passamos pelo hotel do Paulo e vamos directo ao mar... encosto o ritmo nos 5:40, porque é para atingir as 4:00:00, se me sentir bem! O Paulo diz que segue o meu ritmo, apesar de eu insistir para fazer a sua prova.

05K - Começam a surgir as figuras pitorescas que é normal ver em cada prova... a que salta mais à vista é uma trupe de 101 estrumpfes, pintados e vestidos de azul e branco, a cantar, a tocar e a animar...

Vamos bem!
Soltos, conversando, mantendo o mesmo ritmo e tendo mesmo de abrandar para conseguir manter a cadência que me propus. Vamos apreciando a vista, a arquitectura...
Valencia é bonita, Paulo!
É só manter...

 Keep the car running, Arcade Fire

10K - «Primeiro gel», aviso o Paulo. Pode parecer cedo, mas o pequeno almoço não deixou saudades e prefiro precaver-me. Uma dor na planta do pé direito começa a fazer-se sentir e temo que algo que nunca me doeu na vida, faça mossa hoje. Penso constantemente: «Leve! Tens de ir leve!», tentando fazer mid-foot strike, para que a dor desapareça. Relembro as lesões novamente e as conversas do José Urbano «deves carregar muito com o calcanhar» e era verdade.  Tento modificar ligeiramente a passada e resulta! A coisa vai melhorando e a dor aos poucos vai desaparecendo...
Toco no coração novamente... vamos lá, Pat! Estamos bem!
Sorrio porque a música assim o assegura...
God put a smile upon your face, Coldplay
15K - Surpresa menos interessante, quando retiro a cábula de tempos que levava no punho e percebo que vou mais lento do que devia, apesar de respeitar escrupulosamente os tempos previstos.
O que se passa?
Percebo que o novo Garmin leva avanço sobre a quilometragem da prova e que provavelmente posso estar a comprometer o objectivo das 04:00:00. Estranho, porque o relógio apresenta sempre ritmos abaixo dos previstos 05:40...
Fico algo baralhado com a situação... ainda comento com o Paulo, mas paciência!
Não posso quebrar...
Don't give it up, Chicane & Bryan Adams

18K - Começamos a entrar na parte mais antiga da cidade... está na hora de novo gel, agora energético, para não quebrar na meia...vamos em bom ritmo e temos a felicidade de estarmos constantemente a recuperar lugares... aproximamo-nos de uma rapariga que leva a bandeira portuguesa no ombro da sua tee. Alegria, não somos os únicos portugueses! Viemos conquistar Valencia...!
Seguimos no nosso ritmo, deixamos um desejo de boa prova à nossa compatriota, há mais gente para passar... 

20K - Ganhamos uma guia! Durante cerca de 1,5K, uma senhora dos seus 50 e tal anos aproxima-se e desata a explicar cada um dos monumentos que passamos. Gracias!
Somebody told me, The Killers
Mas o seu ritmo é agora mais forte que o nosso... hasta!

21,1K - A chegar perto da meia e a perceber que estou atrasado cerca de 30'' face ao planeado, recuperámos outro tanto desde os 15K. Acelero e praguejo #$%& com o garmin novo. Devia ter trazido o 310, porque não tem picos de média e é mais accurate. Enfim, fiz a primeira parte tão deslumbrado que nem controlei o tempo como devia ser... vamos ver como corre a segunda...

25K - De repente, a quebra! O corpo a começar a desligar... e eu penso:
já? A parede não é aos 30 e tal?
O ritmo a baixar para os 5:47... nesta zona, há muito trânsito ao nosso lado e isso provoca-me alguma perturbação... é hora de gel again... desta vez, o endurance...
A forest, The Cure
De perdido a restabelecido, no tempo da música dos Cure...a banda sonora está a bater certinha com o que tinha previsto...

29K - Neste Km, a pior notícia da prova! Perco o Paulo!
Há cerca de 2K que vinha a percepcionar uma máscara de esforço na sua face... quando entrámos na série de túneis, perguntei-lhe se ia bem, respondeu que ia com uma dorzita no joelho...
Aos 29K, diz-me que vai parar... fico meio atrapalhado, a olhar para ele... insiste para eu seguir, que estou muito bem e que ele já me tenta apanhar...
Faço os metros seguintes sempre a olhar para trás, na expectativa de o ver retomar a prova, mas só o vejo agarrado ao joelho... começo a achar que foi uma má decisão ter continuado... tento focar-me na música...

30K - Começo a não «ver ninguém», apesar de existir uma multidão nas margens da estrada que grita compulsivamente... aumentei o volume do som para me focar na prova e tentar esquecer a lesão do Paulo...
An end as a start, Editors
Aumento o ritmo, acabo a série de túneis e alcanço e passo a «guia» dos 20K, que vai em sofrimento... Parece que a parede é agora? Não a sinto...

32K - Bota gel novamente... não venha aí «a parede»... e vem-me à memória o Marco Horácio com o tristemente famoso: «soltem a parede!»...
Eh! Já devo estar na fase do delírio mental!
Começo a passar cada vez mais gente e agora sim, apercebo-me do cenário que via nos filmes/docs sobre a maratona, gente a cair, a contorcer-se com dores, a caminhar como se fossem marionetas... 
Dante teria aqui matéria para o seu Inferno...
by Pat

Eu contento-me com as crianças que me estendem a mão e que gritam o nome que vêem no dorsal:
«Fuerza Paulo!»
Impressionante! Anónimos tratados como atletas de primeira linha!

35K - Chego à meta dos 35 e recebo indicação de um elemento da organização que vou para 04:05:00!?! Isto está pior do que imaginava... mas falta tão pouco... o «cenário de guerra» vai-se agudizando...
The bitter end, Placebo

37K - Antecipo o gel energético, estou a começar a perder gás e desta vez parece ser mais sério... preciso de um kick final... volto a ver os estrumpfes... continuam bem animados... 
Agora é a parte mais terrível... à esquerda, vejo a lindíssima Ciudad de las Artes y las Ciencias e percebo que tenho de subir a avenida para voltar para trás a seguir... que treta!
O ritmo continua a baixar, sem explicação aparente... à minha frente aparece um japonês, com uma camisola toda escrita à mão e em inglês consigo ler:
«Sobrevivi a um terramoto, a uma inundação, à morte da minha família! Hoje corro por eles!»
Tocante... uma carga adicional de emoção, para o quase final... dou uma palmada no japonês quando o ultrapasso e grito: «strength!», ele agradece e devolve o cumprimento com um: «go for it!»

40K - Os últimos kms estão a ser mais dolorosos... sigo em quebra... chego ao que deve ser o último abastecimento e quando vejo copos, penso que vou beber o meu primeiro isotónico... quase paro para apanhar um e desilusão! Sabe a água e é apenas mais água... o pior desta prova foram realmente os abastecimentos, apenas água, nada de fruta ou isotónico... valeu o gel... 
Toca o meu telemóvel... cansado para o atender, imagino para me animar que seja o Paulo Amorim, dizendo que está bem... mais tarde percebi que era o meu Amigo Jorge Bicho desejando que tudo estivesse bem connosco...
Bring me to life, Evanescence

41K - Finalmente a viragem para a entrada na Ciudad de las Artes y las Ciencias... desligo de tempos, de pensamentos, de tudo... penso em rever rapidamente a Pat e lembro as palavras do Antônio:
«Como você vai comemorar a chegada? Há quem faça o aviãozinho!»...
Vai ser assim, Mestre... vou entrar a voar!
Ao som dos Faithless, e com God as DJ... This is my church!
God is a DJ, Faithless
Abro os braços e vou a planar, ziguezagueando numa avenida repleta de milhares de pessoas que gritam de forma quase histérica, mas cheia de carinho, pelos que vêem passar...  
Pena não trazer uma câmara porque são imagens que dificilmente apagarei da memória...
Ouço o meu nome n vezes, começo a procurar a Pat no meio daquela multidão, mas vai ser difícil... 

«Disfruta, Paulo!»
Foi das frases mais ouvidas ao longo desta caminhada de cerca de 3 meses... e foi o que fiz nestes quase 42K...
Faço a curva para a recta final e como se tudo tivesse planeado (era bom, mas sai de forma puramente espontâneo!), inicio uma coreografia que me surge mentalmente a cada metro, consoante as ideias me assaltam a cabeça...
Ali está um sujeito de boné branco, camisola azul e calção preto que bate no peito/coração (Pat), 

coloca os braços no ar (Deus), 

envia beijos para a multidão (Amigos, sobretudo o Paulo Amorim!)
e faz o «aviãozinho» (ideia de/e agradecimento ao Mestre Antônio Nascimento), 

por último, desenha um coração (Pat)! 
Um Km inteiro a agradecer a todos os que me ajudaram a superar tudo isto!

42,195K - Felicidade incomensurável! É indescritível a sensação do terminar...
Estou inteiro, vivo, feliz e cansado também!
E nas 04 horas previstas, os 18 segundos foram de pura diversão!
Cansaço do bom!
Beijo a velhota que me coloca a medalha ao pescoço, que fica tão atónita e me atira:
«Estas bien?»
«Fantástico!» Respondo eu!

Onde estás, Pat?
Quero comemorar contigo!
Como se me tivesse lido o pensamento, toca o telefone!
De repente, volto à Terra!
A Pat diz que não sabem do Paulo... da felicidade extrema passo à preocupação...
O que lhe terá acontecido?!?
Vou ao encontro da Pat e da Paula, para tentarmos perceber o que realmente se passou?
Terá desistido? Tentou retomar? 
(uma hora e tal depois descobrimos que o Paulo retomou a prova e conseguiu terminar num fantástico crono de 04:18! Nada mau, em cima de uma lesão!)

Tento ligar à minha Mãe e aí vou-me quase abaixo... felizmente a chamada não foi possível (toda a gente a tentar ligar para as suas famílias!), senão não conseguiria soletrar mais que duas palavras seguidas...
Consegui, Mãe! 
E quero mais! A última música que ouvi enquanto estava sozinho, diz tudo!
I want more, Faithless
Depois, foi comemorar com quem mais de perto partilhou este desafio...
Obrigado a Ti (Pat), por tudo o que passámos, pela força e paz que me transmites, a cada dia que passa!
Afinal a t-shirt sempre fazia sentido: Yes I Ran 42,195K!
Esta já cá canta!
Hala Madrid!

domingo, 13 de novembro de 2011

37.ª Meia Maratona da Nazaré

A Mãe/Rainha de todas as Meias ou Love, Friends and Happiness!
Há muito que alimentava o sonho de fazer uma meia maratona (mais de 3 anos!). 
Quis o destino que não iniciasse quando/como devia… a ideia era começar na vila em que passei muitos dos meus verões. Mas ao fim de 5 meias num único ano, eis que surge a oportunidade… 
37.ª da Nazaré, com Pedrito, Bragança e RLança, como companhia. Os dois primeiros noutro campeonato, o Rui a estrear-se na distância e eu com o intuito de fazer um longo em ritmo de treino, mesmo assim, pensando em baixar da 1:55’, batendo o p.b. por um minuto. 
Com a Pat (insuperável na força que me dá) a torcer por fora, tempo para rever o Pedro Sanguino (a recuperar de lesão) no aquecimento… 
Ainda não chove e o sol até faz uma visita. 
Partida! A ideia é ir com o Lança, nos 5’40/K… mas não fazemos um acima dos 5’33!
Primeira volta à Nazaré concluída, com a subida da vila a ser mais simples do que imaginava (o meu Senior tinha razão)... revejo a Pat ainda com o sol a «tocar-nos», um «adoro-Te!» é motivo mais que suficiente para aumentar a cadência. Digo ao Rui, que vamos depressa demais, mas só aceleramos em vez de baixarmos… a surpresa de subirmos pela ponte nova e aí vamos até à viragem aos 14K, passa o Gonçalo, o Nuno Martins, não vejo o BRG nem o Pedrito, sinto-me muiiito bem… Chegamos a Famalicão e a chuva fixa-se de vez, até ao fim… não desarmamos, o Rui cola-se a mim novamente, nova subida da ponte, com chuva cada vez mais forte, obriga-nos a «descer» até aos 5’20’’, mais um gel para o caminho e já falta muito pouco…
Lança parte sem aviso aos 20K, não respondo... vou bem demais para estragar, mas como vou solto, lá vou eu atrás… gostava de terminar lado a lado, mas o Lança vai focado na chegada, em esforço, passo por ele, aumento gradualmente a velocidade, mesmo que para isso tenha de acertar em todas as poças que encontro pelo caminho. Passo por alguém que grita: «Amigo, agora é só sprintar!»… é o que faço, último km a 4’43’’! E mesmo a chover copiosamente, reencontro o Pedrito na recta final a apoiar depois de já ter feito a sua parte... e a Pat ali está na meta, encharcada, à espera de um runner, ensopado até aos ossos, mas que não perde a noção que o maior prémio é ter Alguém assim, para comemorar cada dia que vivemos juntos!
Só depois deito o olho ao garmin e vejo uma marca que seria impensável há 2 meses atrás: 1:51:39! Menos 5 minutos que o meu recorde pessoal!
A isso, junto os Amigos que partilharam comigo esta prova fantástica (com tempos fabulosos!) e a família que connosco partilhou a alegria, o almoço e a maior chuvada de granizo que alguma vez vi na vida!
Esta é mesmo a rainha das provas em Portugal!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Faltam 120 dias

Não treino há cerca de uma semana.
A tendinite mantém-se cá... pior que isso é a falta de motivação que vou sentindo ao longo desta semana, sem qualquer razão aparente...
Vou para o Alentejo, dois dias, espero voltar com vontade redobrada!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Prova de Esforço

Faltam 145 dias.

Hoje fiz o meu primeiro teste cardio a sério: um ecocardiograma e um ECG com prova de esforço, no Hospital dos Lusíadas.
Quero fazer as coisas como deve ser e este é um teste mais que recomendado para quem se quer atirar à Maratona...
Algum receio sobre o que dali podia advir, mas nada a realçar no primeiro.
Quanto ao 2.º exame, uma real prova de esforço... aguentei 16'36''... a terminar com 20% de inclinação, a suar em bica...e tive de pedir para parar. Segundo a médica, portei-me muito bem: «há atletas de alta competição que não aguentam tanto», sendo o protocolo de 21 minutos, acho que devia aguentar mais, mas se quem percebe diz que está bem assim...
Notas: pensei que além dos eléctrodos, também teria de usar uma máscara, como se vê nos filmes. Nada disso. Apenas eléctrodos, e uma braçadeira para a tensão, a balouçar constantemente, causando algum incómodo.
O que mais custa, é não poder retirar as mãos dos apoios, não permitindo acompanhar o balanço do corpo.

A «máquina» está a postos! Agora é só treinar!

domingo, 29 de maio de 2011

5.ª Corrida do Guincho

Difícil, mas lindíssima! 
Talvez a prova mais bonita que alguma vez fiz... 
A primeira de trail, integrada no Campeonato Nacional de Montanha... 
Partida da prova
A minha primeira presença enquanto «exército de um homem só» pelo IRONMISTER,com a companhia  habitual dos Amigos da 4@fundo (PAL e Josibi), BRG (a voltar aos seus melhores dias)
Com o BRG antes da prova, só sorrisos
e pelo Ivo que me acompanhou de meio da prova até quase ao final.

Mister, Josibi, BRG, PAL, Ivo
 Arranque muito rápido (ritmo a rondar os 5:00), com desvio para os trilhos passados pouco mais de 800 mts. Descida para o Guincho com passagem por um túnel, iluminado por tochas, com um pequeno riacho e primeiro abrandamento (correr na água sabe divinalmente) por se tornar difícil passar mais do que um  pelos referidos trilhos... Passagem pelo parque das merendas, entrada para o caminho do Bar do Guincho, e percorremos as lindíssimas arribas em fila indiana a circundar a paisagem... 
Em plena prova, a fotografar as arribas e a ver se não caía
Primeira subida mais difícil, primeira caminhada, porque não dá para ultrapassagens e a conversa antes da prova antevia diversas dificuldades para um percurso que desconhecíamos (toda a gente falava que em determinadas partes do percurso era impossível correr e a solução era mesmo caminhar).
À conversa antes da prova e a falar das dificuldades da mesma (foto by JC Melo)

De subida em subida, caminhada a corrida, até à escalada final da Peninha, após o segundo reabastecimento líquido e com uma verdadeira prova de esforço, de tão inclinados que íamos... aparece a experimentada Célia a dar força e faço a subida em caminhada de elevada intensidade («picado» segundo ela :))... 
Chego cá acima em esforço (batidas a rondar os 175 bpm) e espero pelo Ivo que já me acompanhava há mais de 1km. Bebo quase toda a garrafa de água, revejo a paisagem que fica para trás e retomamos a passada... o que se segue não é menos bonito, as árvores cobrem o céu e sinto-me nas levadas da Madeira... acompanhado pela «velha guarda» muito experimentada nestas andanças...
Finalmente a descida para o final, numa prova sem acidentes de percurso apesar deste ser bem acidentado (ainda está fresca a lesão que me deixou o dedo anelar direito «fora da ordem») e para repetir ao meu ritmo (seguramente mais elevado porque o desconhecimento levou a muitas cautelas).
Valeu a pena!
Senti verdadeiro prazer a correr!

Run Report
Percurso: Trilhos entre Guincho e Serra de Sintra

Tempo: Nublado, temperatura com amplitude entre os 20º (praia do Guincho) e os 15º (Peninha)
Distância: 12,2 km 
Crono: 01:23:36
Classificação: 214.º 

280 participantes que concluíram a prova.
Classificação Oficial
Sapatilhas: Nike Pegasus 25XT

terça-feira, 3 de maio de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

4@fundo, fracturas, roturas e hospitais...

4@fundo: 
15 Kms, 7 corredores, 1 queda, 1 fractura, 2 roturas de ligamentos, 3 hospitais!
Mão direita  KMister, anelar e mindinho com fractura e rotura de ligamentos 
Nada mau para os meus primeiros 15K!
Obrigado ao Paulo Amorim por me ter acompanho sempre durante o treino e a todos os restantes companheiros, pelo excelente espírito e cuidado para comigo!
4.ª feira lá estarei!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Plano 69Kg

Decidido.
Ultrapassar os 80kg, fez-me tomar a decisão radical... n vezes adiada...
Avanço para suporte profissional... 81,2Kg regista a balança da nutricionista...
O corte no tipo de alimentação é radical...

A aposta é chegar aos 69...
até ao final de Maio...
Menos peso, melhor performance!
A ver vamos...

Alea Jacta Est

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

2009 vs 2010


Em 2009, apesar da queimadura no pé... as coisas correram bem melhor em termos de desempenho, que no ano passado.

2011, terá de superar claramente 2009.